Nos trabalhos de J. R. R. Tolkien, os Vanyar são os mais belos e nobres dos Altos Elfos. Eles são o menor dos três clãs dos Eldar, e foram os primeiros a chegar em Aman. De acordo com a lenda, o clã foi fundado por Imin, o primeiro Elfo a despertar em Cuiviénen, sua esposa Iminyë, e seus doze companheiros; porém foi Ingwë, o primeiro Vanya a viajar com Oromë para Valinor, quem se tornou seu rei. Eles falavam Quendya, um dialeto de Quenya encontrado apenas em Valinor.
O nome Vanyar (singular Vanya) singifica “(o) Belo” em Quenya, se referindo ao seu cabelo dourado (o significado original da palavra “vanya” mais aproximado de “claro/pálido’). São conhecido às vezes, particularmente entre si próprios, pelo seu nome original, Minyar, que significa “os Primeiros”. A palavra “vanya” em Quenya também é listada como um verbo que significa “partir/deixar/desaparecer”, que pode ter surgido devido à quase completa desaparição desse clã no começo da história Élfica, ou devido ao substantivo “vanya(r)” tempos depois. No entanto, não se sabe se esse é o caso, e parece que Tolkien acabou por usar “vanya” como verbo em suas últimas concepções de Quenya.
História
De acordo com a lenda Élfica Cuiviényarna, os Vanyar são descendentes de Imin, o primeiro Elfo a despertar em Cuiviénen, sua esposa Iminyë, e seis outros pares de Elfos que foram despertados por eles. Os companheiros de Imin, Tata e Enel, mais tarde despertaram grupos de nove e doze pares respectivamente, e Imin decidiu que agora seu grupo seria contado como terceio ao invés de primeiro pois seu grupo era o menor e cada grupo que ele e seus companheiros descobriram era maior do que o anterior. Porém, apenas mais dois grupos foram descobertos, deixando o grupo de Imin, com quatorze membros, como o menor dos três clãs Élficos.Quando os Elfos foram descobertos por Oromë, cada clã escolheu um embaixador para retornar com ele para Valinor e verificar suas alegações de grandiosidade. Os Minyar (companheiros de Imin) enviaram Ingwë e quando ele reotrnou, seu povo foi seduzido por seu testemunho e o aceitaram como seu rei (bastante apropriado, pois o nome Ingwë significa líder em Quenya), e ele os liderou com Oromë para Aman. Ingwë foi então reconhecido como Alto Rei de todos os Elfos, e se tornou conhecido como Ingwë Ingweron, o “Líder dos Líderes”, e seu povo foi conhecido pelo resto dos Eldar como os Vanyar. Ele vive com eles aos pés da Taniquetil, abaixo dos salões de Manwë.
Após chegarem em Aman, os Vanyar foram raramente vistos pelos outros Elfos. Poucos Vanyar foram conhecidos indivialmente além de Imin, Ingwë e sua irmã (possívelmente sobrinha) Indis, a segunda esposa de Finwë (o rei dos Noldor) e mãe de Fingolfin e Finarfin, sendo Finarfin aquele que fundou a única casa dos Elfos Noldorin a terem os cabelos dourados dos Vanyar. Após o assassinato de seu marido por Melkor em seu ataque a Formenos, ela retornou para o seu povo, junto com sua filha Findis.
Os Vanyar puros somente foram vistos na Terra-média uma vez após a sua partida, quando o filho de Ingwë, Ingwion, conduziu uma hoste armada de seu povo de Valinir para lutar na Guerra da Ira (essa provavelmente foi também a unica vez em que Vanyar e Homens se encontraram). Eles retornaram para Aman, junto com a maioria dos Eldar que viviam na agora devastada Beleriand, ao final da Primeira Era.
Embora nenhum Vanyar puro tenha jamais posto os pés na Terra-média após a Grande Jornada, salvo pelos que lutaram na Guerra da Ira, foi através de Indis, a segunda esposa de Finwë e mãe de Fingolfin e Finarfin, que alguns descendentes dos Vanyar vieram para a Terra-média, notavelmente trazendo seus traços marcantes, como seus distintos cabelos dourados de Vanyarin.
Quendya
Como Elfos favoritos de Manwë, os Vanyar teriam se envolvido mais profundamente com os Valar e Maiar do que os Noldor e Teleri, o que presumivelmente teria resultado em ao menos algumas diferenças em sua cultura. O dialeto Vanyarin de Quenya, conhecido como Quendya, leva a sugerir isso, encorporando várias palavras derivadas do Valarin que não são encontradas no dialeto Noldorin, como tulka (“amarelo”, do Valarin tulukha(n)), ulban (“azul”, presumivelmente do mesmo radical Valarin ulu/ullu que sgnifica “água”), nasar (“vermelho”, sem menção ao original Valarin) e miruvózë (a partir de mirubhôzë, do qual também foi derivado miruvor, o cordial* de Valfenda em O Senhor dos Anéis. O Quenya Vanyarin também retém uma acentuação distinta para inflexões substantivas, que foi abandonada na variação exílica Noldorin.
* [N.T.] Cordial pode ser entendido como licor, porém na forma como foi colocada no contexto preferi manter pois, seguindo a Wikipedia, Cordial é qualquer preparação revigorante e estimulante.
Outras versões do Legendarium
Nas primeiras versões da mitologia de Tolkien (veja: The History of Middle-earth), a Primeira Família dos Eldar foi chamada de Teleri, enquanto a Terceira Família, os Elfos conhecidos como Teleri na versão publicada de O Silmarillion, era chamada de Solosimpi. Antes de serem renomeados Vanyar, a Primeira Família era citada em manuscritos como os Lindar (‘Cantores’). Na publicação de O Silmarillion, o nome Lindar foi dado como nome para a Terceira Família como eles se referiam a si próprios, em preferência a algum nome pejorativo dos Teleri (naquela época na evolução do Quenya significando ‘Retardatários’, ‘Últimos’), que era como as outras famílias os chamavam.
Fonte : Valinor
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